Para Enio Verri, a terceirização de serviços representa um retrocesso para o estado. “A Celepar foi uma das empresas que abraçou o software livre”.

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado Enio Verri (PT), disse que os projetos do governo do Estado para a Celepar apontam para a privatização da Companhia de Informática do Paraná, a mais antiga empresa pública da área no país.

“Eles querem transformar a Celepar numa empresa intermediária de software. Eles vão abandonar o projeto do software livre, para onde caminha o mundo todo. O debate mundial é sair das mãos do software privado. O governo do Paraná vai na contramão”, atacou o deputado.

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O temor de Verri se sustenta em declarações do governador Beto Richa (PSDB) e do presidente da Celepar, Jackson Carvalho Leite. Ao tomar posse no início de fevereiro, Leite mencionou as parcerias com o mercado como uma das suas principais metas. “Vamos reorganizar o processo, com muitos projetos que a própria Celepar pode fazer e outros que queremos fazer em parceira com o mercado”, disse Leite na sua posse, no início de fevereiro.

“A ideia é a Celepar passar a ser gestora de projetos e fazer a execução em compartilhamento com o mercado. Vamos dar esse encaminhamento em praticamente todas as áreas do Estado. E o mercado, certamente, vai ter muita coisa para fazer neste contexto”, emendou.

Para Verri, a terceirização de serviços representa um retrocesso para o estado. “A Celepar foi uma das empresas que abraçou o software livre, desenvolvendo programas para o governo do estado e que também forneceu para vários outros estados”, disse o líder da bancada de oposição.

Ele citou que o programa que controla as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é baseado no software usado pela Secretaria de Planejamento do Paraná, desenvolvido pela Celepar. “Vários estados estão usando os nossos programas e isso fortalece a nossa empresa”, afirmou.

Verri também destacou as declarações do governador, em entrevista à Rádio BandNews, quando admitiu que irá privatizar para dos serviços da Celepar. Esse não é um serviço essencial à população que o governo deva estar controlando 100%”, declarou o tucano.

O presidente da Celepar, Jackson Carvalho Leite foi procurado pela reportagem para explicar que serviços pretende terceirizar e que projetos pretende manter na Companhia, mas está viajando.

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