25 de Novembro de 2009 - 14h53 - Última modificação em 25 de Novembro de 2009 - 17h50
Associação de telefonia fixa descarta "caladão", e Anatel monitora crescimento de banda larga
Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A possibilidade de haver um colapso do sistema de telecomunicações no Brasil está descartada, segundo o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Cumutado (Abrafix), José Fernandes Pauletti. “Não há a menor hipótese”, afirmou hoje (25).
Pauletti participou do mesmo seminário em que, momentos antes, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, anunciou que uma comissão foi criada para estudar o assunto.
De acordo com Pauletti, o serviço de telefonia fixa do país não está crescendo e está “estacionado” em 40 milhões de usuários. Ele também não considera a hipótese de que o crescimento da demanda por banda larga móvel e celulares possa levar a um colapso.“Banda larga tem algumas concentrações, alguns gargalos, mas não leva a um caladão”, afirmou o presidente da Abrafix. Segundo ele, o sistema de telecomunicações brasileiro está bem estruturado.
Para diminuir a sobrecarga na infraestrutura do setor, as empresas de telefonia e a Anatel devem ser reunir no próximo dia 3 para negociar a permissão para o compartilhamento das redes. A experiência já foi testada em cidades com menos de 30 mil habitantes.Na época da licitação do serviço de banda larga 3G – móvel –, a agência impôs como condição que essas cidades menores fossem atendidas, e o compartilhamento foi então utilizado. Agora, os setores privado e público negociam uma divisão maior da rede para todo o país.
O superintendente de Serviços Privados da Anatel, Jarbas Valente, disse que a agência também vem controlando os serviços de banda larga móvel para evitar um colapso. Segundo ele, o serviço só é liberado quando as empresas comprovam que as redes estão preparadas para atender novos consumidores.“Se não estivéssemos acompanhando seria muito mais [o crescimento do mercado de banda larga]. Não tem problema porque nós estamos segurando [a oferta do serviço]”, afirmou Valente.
O mercado de banda larga 3G cresceu cerca de 20% só no mês passado. Para o superintendente da Anatel, se a oferta do serviço estivesse liberada, esse crescimento poderia ser mais que o dobro registrado. Em outubro, 70% do crescimento do mercado de telefonia móvel tiveram origem nas vendas de banda larga.
Edição: Enio Vieira
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